Friday, December 15, 2006

Famintos

O olhar é frio e em nada condiz com singela expressão de serenidade.
Lapso de modernismo, modesto e absurdo.
Celulares em punho, muito requinte.
Exigência, veêmencia, consciência; aqui não há!
Enchem seus espirítos consumistas, nada orgânico.
Tudo sintetico, estetico, patetico, metamorfose em contraste.
O real e o imaginário, papel moeda não imprimi os livros do proletariado.
Sem ressentimento ou mantimento meu veneno, já não é o mesmo.
A muito se tornou indigno. Que identidade é essa?
Qual marco perfeito, ilustrou a conquista da primeira pagina?
Quantos pontos subiu o Ibope dos famintos no horário nobre?
Quem mata milhões e sorri, coroado imperador?
Nossa aldeia resiste bravamente, meu prato é raso.
Como lagoas cristalinas, que tudo refletem...
Inclusive nossa sinceridade, vaidade, abistinencia.
Dez anos mais velha, qual amor que se importa com a idade?
Ousadia é privilégio, a morte é o tédio... Eu prefiro viver.
Sou faminto por vivência, não abro mão da minha singela experiência.
Quem nunca vivenciou pode estranhar...
Mas viver é algo como degustar

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